sábado, 12 de dezembro de 2015

Museu Espírita de São Paulo



Fundado em 1997 em São Paulo o Museu Espírita o  está situado no bairro da Lapa, mantém uma biblioteca com cerca de três mil volumes relacionados ao Espiritismo, inclusive algumas raridades, conta com um acervo de manuscritos de Allan Kardec em que constam alguns volumes nos quais ele ainda assinava como Denizard Rivail. Também tem exemplares raros de publicações nacionais e internacionais, entre elas a primeira publicação periódica brasileira sobre Espiritismo, e outros objetos que contam uma parte significativa da história do Espiritismo no Brasil. 



Uma das idéias do dr. Paulo Toledo Machado para complementar as atrações do museu, foi a elaboração de oito quadros, reproduzindo os quadros que Kardec recebeu de Monvoisin, e que foram dispostos na sala principal. 








Para o futuro, o museu também vai contar com uma Pinacoteca Espírita, que já se encontra em fase de construção, com um prédio anexo ao do museu e do ICESP. Para tanto, Paulo também espera contar com a colaboração de artistas que tenham obras do gênero, e que queiram participar com obras mediúnicas ou que tenham relação com o Espiritismo

Uma visita ao museu é indispensável a qualquer espírita que more ou esteja visitando São Paulo. É um exemplo do que pode ser realizado com amor, força de vontade e muita inspiração.

Localização:
Museu Espírita de São Paulo.
Rua Guaricanga, 349 Lapa
São Paulo – SP
05075-030
Telefones: (11) 3834-6225 / 3834-4701
E-mail: icesp@frontier.com.br

domingo, 8 de novembro de 2015

O guarda Chuva Protetor



Leontino não estava conseguindo...

Espírito desencarnado, assediava José Onofre, pretendendo vingar-se de passadas ofensas.

Localizara-o em nova jornada na carne e pretendia infernizar-lhe a existência, envolvendo-o na obsessão.

No entanto, o antigo desafeto resistia às suas investidas, conservando-se perfeitamente ajustado.

Resolveu apelar para um companheiro mais tarimbado... Procurou Quirino, especialista em atazanar pessoas, usando de extrema sutileza em suas investidas, alguém que a tradição religiosa definiria como um ser demoníaco.

Nada disso. Era apenas um transviado filho de Deus que não se dera ainda ao trabalho de avaliar a semeadura de espinhos que vinha efetuando, os quais fatalmente colheria um dia, em penosos reajustes.

O experiente obsessor ouviu-lhe as frustrações e indagou:

- Identificou-lhe as fraquezas?

- Sim.

- E quais são?

- Certa tendência à tristeza, caráter introvertido; alguma preocupação com a saúde; eventuais crises de afetividade no lar; gosta de aperitivos e não é insensível aos encantos femininos.

- Então, não conseguiu puxar esses fios para enovelá-lo?

- Bem que tentei, mas sem resultado. Não tem tempo para render-se às próprias mazelas. Vinculado a um Centro Espírita, ocupa todas as suas horas livres em serviços diversos-. visita doentes, atende necessitados, cuida de crianças, faz plantão no albergue, aplica passes magnéticos, participa de reuniões mediúnicas. O homem não pára! Simplesmente não sobra espaço em sua mente para infiltração de idéias obsessivas.

Quirino franziu o cenho.

-Quando nossas presas encasquetam a idéia de que devem ocupar o tempo ajudando o semelhante fica difícil. Buscou o ataque por vias indiretas?

-Sim, sim, segui fielmente nossos programas. Explorei as tendências neuróticas da esposa, criando-lhe embaraços no lar; provoquei problemas financeiros, complicando seus negócios; envolvi o filho com drogas; semeei desentendimentos no Centro Espírita; acentuei seus males físicos, mas o homem é uma rocha. Situa-se inabalável, confiando-se à proteção divina.

Leontino suspirou, completando:

- Simplesmente José Onofre recusa-se a uma reação negativa que me dê ensejo para atingi-lo. O que você me aconselha?

- Desista.

- Ora essa! É tudo que tem a dizer?

- Estou apenas sendo realista. O problema é que seu desafeto abriu o guarda-chuva protetor. Você pode fazer desabar sobre ele tempestades existenciais violentas. Não logrará atingi-lo.

-E o que vem a ser essa proteção?

- A prática do bem aliada à confiança em Deus. É preciso esperar torcendo para que ele se decida a fechar o guarda-chuva.

A Influência Maior


No livro "Libertação", psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito André Luiz reporta-se à experiência de uma senhora perseguida por dois obsessores que tinham duplo propósito:

Comprometer sua tarefa como médium e conturbar o trabalho de seu marido, dedicado dirigente espírita.

Exploravam-lhe as vacilações, incutindo-lhe a convicção de que as manifestações que transmitia eram fruto de sua própria mente.

Ao mesmo tempo atiçavam nela tendências ao ciúme, sugerindo que o marido usava sua posição para seduzir mulheres.

Eles entravam em contato com ela durante as horas de sono, quando as criaturas humanas experimentam o que Allan Kardec define como "emancipação da Alma".

Enquanto nosso corpo dorme, transitamos pelo Além, em contato com Espíritos que guardam afinidade conosco.

O marido, homem disciplinado e esclarecido, amigo das virtudes evangélicas, afasta-se do veículo físico e desenvolve atividades de aprendizado e trabalho, junto de benfeitores espirituais.

A esposa, imatura, frágil em suas convicções e dominada por impulsos exclusivistas, é presa fácil das sombras. Os obsessores conversam com ela, confundindo-a em relação ao seus compromissos mediúnicos e à fidelidade do marido.

Ao despertar, aquelas "orientações" repercutem em seu psiquismo, inspirando-lhe desânimo e indignação.

André Luiz presencia uma dessas sessões de aliciamento para a perturbação e registra o deplorável estado da médium ao despertar.

"Oh! Como sou infeliz! - bradou, angustiada - estou sozinha, sozinha!"

O marido, inspirado por benfeitor espiritual, tem imenso trabalho para pacificá-la.



Esse episódio oferece-nos uma visão mais ampla do "modus faciendi", a maneira de agir dos obsessores.

Geralmente imaginamos esses amigos da desordem colados às vítimas. Quais inarredáveis mastins a lhes morderem os calcanhares, exacerbam suas dúvidas, exploram suas mazelas, com o propósito de aprisioná-las na perturbação.

Não é bem assim.

A influência maior ocorre durante o sono.

Sem a proteção da armadura de carne que inibe as percepções espirituais das criaturas humanas, os obsessores conversam à vontade com elas.

Apresentando-se, não raro, como "amigos" e "protetores", conquistam sua confiança. Como se programassem sua mente, incutem-lhes idéias infelizes que martelarão seu cérebro durante a vigília, emergindo na forma de dúvidas, temores, angústias, impulsos desajustados e depressão.



Seria equívoco situar as horas de sono como páginas em branco na existência humana.

São páginas escritas com tinta invisível, tão importantes quanto aquelas que escrevemos na vigília, com insuspeitada e ampla influência sobre nossos estados de ânimo, nossas idéias e sentimentos.



Imperioso, portanto, que não durmamos espiritualmente, enquanto acordados fisicamente.

Proclama a sabedoria popular:



"Díze-me com quem andas e te direi quem és"



Algo semelhante podemos dizer em relação ao trânsito no Além durante as horas de sono:



“Dize-me como és e te direi com quem andas”

Hemorragia Espiritual


Sentia fraqueza. Mais que isso, lassidão. Dores nas pernas, inapetência... Vontade irresistivel de amontoar-se num canto, descansar...

Foi ao médico.

O exame de sangue revelou a causa: anemia.

Outros testes identificaram a origem: imperceptível e persistente hemorragia intestinal, produzida por ulceração indolor.

Por ali derramava-se sua vitalidade.


Algo semelhante ocorre com a vítima da obsessão simples.

Assimilando as sugestões do obsessor relacionadas com a saúde, os negócios, os sentimentos ou envolvendo problemas existenciais, o obsidiado passa agir sob forte tensão, perdendo energias como se sofresse uma insidiosa hemorragia espiritual.

Por outro lado, há Espíritos presos às impressões da vida material que literalmente sugam as energias de suas vítimas com o propósito de se revitalizarem.

Resultado:

Esgotamento nervoso, caracterizado por palpitações, angústia, dificuldade de concentração, desânimo. O obsidiado experimenta a sensação de carregar sobre os ombros os males do Mundo.

Alguém informa:

-É encosto! Procure o Centro Espírita.

Definição equivocada. O obsessor não está “encostado" em sua vítima. Apenas pressiona seu psiquismo pelo pensamento, explorando-lhe as mazelas.

A obsessão simples origina-se, não raro, na influência exercida por Espíritos que não intentam prejudicar. Perplexos no Além, recém-chegados das lides humanas, agarram-se às pessoas com as quais tenham afinidade, particularmente familiares, impondo-lhes o reflexo de seus desajustes.

Sustentam, assim, o que poderíamos denominar "obsessão pacífica".

Acompanhando o "encostado" são beneficiados no Centro Espírita, onde ouvem preleções nas reuniões públicas ou são encaminhados às reuniões mediúnicas que funcionam à maneira de prontos-socorros, desfazendo-se a ligação.

Por essa razão ouvimos frequentemente comentários assim:

-Eu me sentia péssimo quando fui ao Centro. Idéias infelizes, horrível sensação de opressão. Agora estou muito bem. Foi como se tirassem com a mão.

Obsessão Simples


Kardec emprega a expressão simples, ao enunciar o primeiro tipo de obsessão, para situá-lo como algo comum, frequente, a que poucas pessoas se furtam, como ocorre com determinadas indisposições orgânicas.

Quanto às suas consequências, distanciam-se da simplicidade, assumindo, não raro, proporções devastadoras.

Podemos usar aquele adjetivo também para caracterizar a estratégia dos obsessores.

Eles simplesmente incursionam na mente da vítima, sugerindo pensamentos que visam acentuar suas preocupações, fobias, dúvidas, temores...

Resultado: uma extrema excitação que desajusta os centros nervosos. Isso não só lhe ameaça a estabilidade física e psíquica como a leva a adotar uma conduta irregular, ridícula, desarrazoada.

Como conseguem realizar semelhante proeza os assaltantes do além?

É simples:

Apenas exploram as deficiências morais da vítima, a fim de submetê-la à tensão e precipitá-la no desajuste.

Quanto mais longe conseguirem levar esse processo, mais amplo será o seu domínio.

Quanto mais o obsidiado render-se às suas sugestões, mais enleado estará.

Aproximando-se de um comerciante o obsessor infiltra-se em sua mente com dúvidas assim:



"Fechou a porta do estabelecimento?"

"O movimento do dia foi devidamente trancado no cofre?"

"Desligou a luz?"

"Verificou as janelas?"

Rendendo-se às primeiras sugestões, que logo serão seguidas de outras, infindavelmente, o comerciante breve estará repetindo intermináveis cuidados e verificações.

Conduta irregular, absurda - ele sabe disso mas não consegue evitar, porquanto está sendo explorada sua grande fixação: o apego aos bens materiais.

Se os interesses do comerciante fossem menos comprometidos com a avareza; se suas motivações girassem em torno de temas mais edificantes, aquelas idéias jamais seriam assimiladas. Não haveria nem sintonia nem receptividade para elas.

Importante destacar que o obsessor somente consegue semear a obsessão no campo fértil formado pelo objeto de nossas cogitações, de nossos desejos, quando exacerbados.

Por isso, a obsessão simples começa geralmente como simples auto-obsessão.

Empolgamo-nos com idéias infelizes e acabamos envolvidos com perseguidores invisíveis que acentuam nossa infelicidade.

Torcicolo Mental



A contração dos músculos cervicais impõe dolorida torção ao pescoço. 
O paciente vê-se na contingência de não mover a cabeça, assumindo postura rígida, divertida para os que a apreciam, mas penosa para ele. Popularmente chama-se torcicolo.

A obsessão é uma espécie de torcicolo mental. O indivíduo sente-se dominado por determinados pensamentos ou sentimentos, como se sofresse uma paralisia da vontade que lhe impõe embaraços à apreciação serena e saudável das conjunturas existenciais.

O pensamento emperra num círculo vicioso, como um disco com defeito nos sulcos, a repetir indefinidamente pequeno trecho da gravação.

Resumindo: obsessão é idéia fixa.

Eventualmente passamos todos por momentos obsessivos.

A dona de casa que interrompe o passeio, atormentada pela possibilidade de ter deixado o ferro ligado...

O motorista que retorna ao automóvel estacionado para confirmar que acionou o alarme anti-furto...

A mãe noviça que acorda o bebê para verificar se está respirando...

Instala-se a obsessão quando não conseguimos superar nossas preocupações, assumindo um comportamento insólito e compulsivo, como lavar as mãos dezenas de vezes diariamente, a cada contato com objetos ou pessoas.


Em "O Livro dos Médiuns", no capítulo XXIII, Allan Kardec usa o mesmo termo para definir a influência espiritual inferior :


"Entre os escolhos que apresenta a prática do Espíritismo, cumpre se coloque na prímeíra linha a obsessão, ísto é, o domínio que alguns Espírítos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espírítos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espírítos nenhum constrangimento infligem. Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, ídentificam-se com o Espíríto deste e o conduzem como se fora verdadeira criança."


O termo obsessão tem uma extensão mais abrangente, já que em qualquer lugar ou atividade podemos ser envolvidos por influências espirituais desajustantes.

Kardec deixa isso bem claro, ao destacar no referido capítulo as motivações dos obsessores:


"As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espíríto. É, às vezes, uma vingança que este toma de um invidíduo de quem guarda queíxas do tempo de outra existência. Muitas vezes, também, não há maís do que o desejo de fazer mal,- o Espíríto, como sofre, entende de fazer que os outros sofram, encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a ímpacíência que por ísso a vítima demonstra maís o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se, o mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor. Esses Espíritos agem, não raro, por ódío e inveja do bem; daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas. (..) ".

Encostos, obsessões, perturbações. Lei de afinidades


Segundo a tradição religiosa, anjos são seres incorpóreos e imateriais, puros Espíritos que atuam como emissários divinos.

Mas há também o anjo mau, o diabo, rebelado contra o Criador que, obstinado, intenta nossa perdição. Ver-nos em tormentos eternos seria sua mais gloriosa realização.

Aparentemente este tinhoso é mais arguto e capaz do que seu benevolente irmão. Basta observar como se disseminam facilmente na sociedade terrestre a ambição, a desonestidade, o vício, a mentira, a violência e tantos outros males que fazem a confusão do Mundo.

O tempo desgastou essas idéias.

Elas serviram aos interesses do passado, mas não atendem à racionalidade do presente quando, antes de crer, o Homem cogita de compreender.

Impossível aceitar um Deus de misericórdia infinita, como revela Jesus, que não ofereça infinitas oportunidades de reabilitação para os demônios e suas vítimas.

Como pode o Pai amoroso da expressão evangélica confinar seus filhos em grotesco e irremediável inferno, que contraria a dinâmica evolutiva do Universo?



Admitamos que assim seja.

Que existam anjos e demônios a disputarem nossa Alma.

Como se estabelece a comunicação entre eles e nós?

Como assimilamos sua influência?

Forçosamente há um mecanismo distinto da palavra escrita e falada. São seres espirituais agindo sobre indivíduos de carne e osso.

Inútil especular a respeito do assunto, enveredando pelo terreno enganoso da fantasia. Imperioso pesquisar, a partir do elemento visível aquele que sofre a influência.

É o que faz a Doutrina Espírita, demonstrando a existência da Mediunidade, o sexto-sentido, que nos permite contatar o Mundo Espiritual, assim como o tato, o paladar, a audição, a visão e o olfato nos colocam em contato com o mundo físico.

O Espiritismo vai além.

Submetendo o fenômeno mediúnico a rigorosos métodos de experimentação, o que lhe permite superar crendices, mitos e superstições, demonstra que anjos e demônios são apenas homens desencarnados, as Almas dos mortos, agindo de conformidade com suas tendências.

São regidos, entretanto, por leis divinas que mais cedo ou mais tarde nos conduzirão todos à perfeição.

Esse o objetivo de Deus que, como ensinava Jesus, não quer perder nenhum de seus filhos.

domingo, 12 de julho de 2015

Prece de Cáritas


Deus, nosso Pai, que tendes Poder e Bondade,
dai a força aquele que passa pela provação,
dai a luz aquele que procura a verdade,
ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
DEUS! Dai ao viajor a estrela guia,
ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai! Dai ao culpado o arrependimento,
ao Espírito a verdade, à criança o guia,
ao órfão o pai.
Senhor! Que Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.
Piedade, Senhor, para aqueles que Vos não conhecem,
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores,
derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
DEUS! Um raio, uma faísca do Vosso amor, pode abrasar a Terra;
deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita,
e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmarão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós
Vos esperamos com os braços abertos,
oh! Bondade, oh! Beleza, oh! Perfeição,
e queremos de algum modo alcançar a Vossa misericórdia.
DEUS! Dai-nos a força de ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós,
dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão;
dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Santíssima Imagem.
Assim é, e assim será!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Frases de Chico Xavier


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Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.'' Chico Xavier "


Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência. '' Chico Xavier "


Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã. '' Chico Xavier "


A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior perdoa, a inferior condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!

'' Chico Xavier "


Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão.'' Chico Xavier "

Os sete níveis de consciência (corpos espirituais)


Corpos Espirituais

Os corpos espirituais, corpos ou dimensões psíquicas, níveis mentais ou consciências, são termos que vem sendo usados para expressar a constituição do Homem em sua plenitude. Esta terminologia é adotada pela Teosofia, Esoterismo, outros ramos do ocultismo e algumas religiões orientais. O Espiritismo considera o homem como uma trilogia:
Corpo somático ou físico, perispírito e espírito. Para KARDEC alma e espírito são sinônimos. Para os Católicos e Protestantes existem apenas alma e corpo físico.


Os sete princípios do homem, segundo a Teosofia, são os veículos que ele possui para manifestar-se nos diversos planos. Em seu conjunto formam a constituição setenária do homem. Costuma-se usar expressões em sânscrito para designar estes princípios, devido a estas ideias serem inspiradas no Hinduísmo.

Os sete corpos ou níveis de consciência:

1 – Corpo Físico

É objeto de estudo das Ciências biológicas.
Para os espiritualistas reencarnacionistas (espíritas, teosofistas, esotéricos, umbandistas, budistas, hinduísta, e outros), o corpo físico é o instrumento para manifestação, experimentação e aprendizagem no mundo físico.
Corpo e meio físico pertencem à mesma dimensão eletromagnética.
Carcaça de carne, algo semelhante a um escafandro, pesado e quase incômodo, é constituído de compostos químicos habilmente manipulados pelo fenômeno chamado vida. O único estudado e relativamente conhecido pela ciência oficial. Nele, somatizam-se os impulsos desarmônicos originados nos demais corpos, níveis ou subníveis da consciência, em forma de doenças, desajustes ou desarmonias, que são simples efeitos e não causa.


2 – Corpo Etérico

Envolve o corpo físico, tem estrutura extremamente tênue, invisível ao olho humano, de natureza eletromagnética e comprimento de onda superior ao ultravioleta, razão porque é dissociado por esta. 

Quando exalado de sensitivos ou médiuns proporciona os fenômenos espirituais que envolvem manifestações de ordem física como “materializações”, teletransporte,dissolução de objetos e outros. O material exalado é conhecido por ectoplasma. 

Fragmentos deste material foram analisados em laboratórios e mostraram-se predominantemente, constituídos por elementos protéicos.

O duplo etérico tem a função de estabelecer a saúde, automaticamente, sem a interferência da consciência. Funciona como mediador plástico entre o corpo astral e o corpo físico. Possui individualidade própria, mas não tem consciência. Promove a ação de atos volitivos (frutos da vontade), desejo, emoções, etc., nascidos na “Consciência Superior”, sobre o corpo físico ou cérebro carnal.

A maioria das enfermidades atinge antes o duplo etérico. As chamadas cirurgias astrais, via de regra, são realizadas neste corpo.

O duplo etérico pode ser exteriorizado ou afastado do corpo físico através de passes magnéticos. É facilmente visto por sensitivos treinados. Dissocia-se do corpo físico logo após a morte e, a seguir, dissolve-se em questão de horas.

Alma Vital, vitalidade prânica, reproduz o talhe (formato) do corpo físico, estrutura tênue, invisível, de natureza eletromagnética densa, mas de comprimento de onda inferior ao da luz ultravioleta, quase imaterial. Distribui as energias vitalizantes pelo Corpo Físico, promovendo sua harmonia. Essas ligações acontecem ou se fazem por cordões ligados aos centros de força. Pode-se dizer que se trata da matéria mais pura, beirando a imaterialidade.

O corpo etérico (a palavra vem do “éter”, estado intermediário entre a energia e a matéria) compõe-se de minúsculas linhas de energia, parecidas com as linhas numa tela de televisão. Tem a mesma estrutura do corpo físico e inclui todas as partes anatômicas e todos os órgãos. Os tecidos do corpo só existem como tais por causa do campo vital que os sustenta. A estrutura do corpo etérico, semelhante a uma teia, está em constante movimento. Para a visão dos clarividentes, faíscas de luz branco-azulada movem-se ao longo das linhas de energia por todo o denso corpo físico.



3 – Corpo Astral

Tem a forma humana. Invólucro espiritual mais próximo da matéria, que podem ser vistos pelos médiuns clarividentes.

Esta estrutura corpórea sutil, todos os espíritos a possuem. Assim como o corpo para os humanos é tão necessário, para os espíritos é também necessária para a sua manifestação, na dimensão em que se encontram no Astral. O corpo astral não possui a mesma densidade em todas as criaturas humanas.

Quando as pessoas se apaixonam, podem se ver belos arcos de luz rósea entre os seus corações, e uma bela cor rósea adiciona-se às pulsações áureas normais na pituitária. Quando as pessoas estabelecem relações umas com as outras, criam cordões, a partir dos chakras, que se ligam. 

Quanto mais longa e profunda for à relação, tanto mais numerosos e fortes serão os cordões.Quando as relações terminam esses cordões se dilaceram, causando grande sofrimento.

A sua forma pode ser modificada pela vontade ou pela ação de energias negativas auto-induzidas. A maioria das manifestações mediúnicas, ditas de incorporação, processa-se através do corpo astral, o qual é dotado de emoções, sensações,desejos, etc, em maior ou menor grau, em função da evolução espiritual.

O corpo astral sofre moléstias e deformações decorrentes de viciações, sexo desregrado, prática persistente do mal e outras ações “pecaminosas”. Separa-se, facilmente, durante o sono natural ou induzido, pela ação de traumatismos ou fortes comoções, bem como pela vontade da mente.

Luminosidade variável, branca argêntea, azulada etc. É o MOB (Modelo Organizador Biológico), é o molde que estrutura o Corpo Físico. Observável por fotografias, vidência, moldagens, impressões digitais, tácteis e aparições fantasmagóricas.

Este corpo é utilizado no mundo espiritual para incorporar espíritos já desprovidos dele, tal como nossas incorporações
mediúnicas.

O Corpo Astral pode desencaixar (desdobrar) do Físico por anestesia, coma alcoólico, droga, choque emotivo ou desdobramento apométrico da mesma forma que o Duplo Etérico. É com ele que, nos trabalhos com a técnica da Apometria, projeções astrais conscientes ou por sonho, viajamos e atuamos no tempo e no espaço.


4 – Corpo Mental Inferior

O terceiro corpo da aura é o corpo mental, que se estende além do corpo emocional e se compõe de substâncias ainda mais finas, associadas a pensamentos e processos mentais.
Esse corpo aparece geralmente como luz amarela brilhante que se irradia nas proximidades da cabeça e dos ombros e se estende à volta do corpo. Expande-se e torna-se mais brilhante quando o seu dono se concentra em processos mentais.

O corpo mental também é estruturado. Contém a estrutura das nossas idéias. Quase todo amarelo, dentro dele podem ver-se formas de pensamento, que parecem bolhas de brilho e formas variáveis. Tais formas de pensamentos têm cores adicionais,
superpostas e que, na realidade, emanam do nível emocional. Pensamentos habituais tornam-se forças “bem-formadas” muito poderosas, que depois exercem influência sobre a vida.

É sede das percepções simples e objetivas como de objetos, pessoas, etc. É importante veiculo de ligação e harmonização do binômio razão-emoção. Viciações oriundas de desregramento sexual, uso de drogas e outras podem atingir, fixar-se e danificar este corpo. Alma inteligente, mentalidade, associação de idéias, sua aura ovalada envolve todo o corpo, pode ser registrado por fotografias ou percebido pela vidência. É o corpo que engloba as percepções simples, através dos cinco sentidos comuns, avaliando o mundo através do peso, cheiro, cor, tamanho, gosto, som, etc. É o repositório do cognitivo (conhecimento). 

É o primeiro grande banco de dados onde a mente física busca as informações que precisa, seu raciocínio é seletivo. Está mais relacionado com o Ego
inferior ou Personalidade encarnada.

Este corpo, quando em desequilíbrio, gera sérias dificuldades comportamentais tais como comodismo, busca desenfreada de prazeres mundanos, vícios etc. Normalmente sua forma é ovalada, mas pode ocorrer em raros casos uma forma triangular ou
retangular, tem cores variáveis, podendo desdobrar-se em sete sub-níveis com os mesmos atributos.


5 – Corpo Mental Superior

Memória criativa e pode ser percebido pela vidência. Este corpo é o segundo grande banco de dados de que dispõe o ser.

Ele elabora e estrutura princípios e idéias abstratas, buscando sínteses ou conclusões que por sua vez são geradoras de novas idéias
e assim por diante, infinitamente.
O
cupa-se de estudos e pesquisas visando o aprimoramento do ser. Por ser o equipo (local) do raciocínio criativo, é nele que acontece a elaboração do processo responsável pelo avanço científico e tecnológico, além de todo nosso embasamento filosófico.

o corpo que faz avaliações, formula teorias, relaciona símbolos e leis. É também conhecido como corpo causal.

Elabora princípios e idéias abstratas, realiza análise, sínteses e conclusões. É sede das virtudes e de graves defeitos.


6 – Corpo Búdico


É possível dizer que BUDDHI é o perispírito na acepção etimológica do termo: constitui a primeira estrutura vibratória que, envolvendo o espírito, manifesta-o de modo ativo. Sendo, este corpo, atemporal (como também o mental superior), usando a técnica de atingir essa dimensão superior das criaturas, pode-se de lá, vasculhar seu passado, conseguindo detectar vivências muito dolorosas, sedimentadas em um Passado escondido, por vezes muito remoto, quando não remotíssimo.

Pouco se sabe sobre a forma e estrutura vibratória deste corpo que está mais próximo do espírito. Tão distante está dos nossos padrões e dos nossos meios de expressão que não há como descrevê-lo. Recentemente temos tido, através de médiuns videntes muito treinados, tênues percepções visuais e sensoriais relativas a este corpo. Tem como atributo principal o grande núcleo da consciência. Lá as experiências e acontecimentos ligados ao ser estão armazenadas e é de lá que partem as ordens do reciclar permanente das experiências mal resolvidas.

Composto pelas três Almas – Moral, Intuitiva e Consciencial – veículos e instrumentos do espírito.

Alma Moral - Discernimento do bem e do mal sob o ponto de vista individual, tem a forma de um sol em chamas, é o veículo do espírito, que o impulsiona a obediência às leis do local onde ele está encarnado e comanda o comportamento da entidade encarnada em relação ao meio.

Alma Intuitiva – Intuição, inspiração do gênio científico, literário e artístico. Iluminismo.
Em forma de ponta de lança triangular irradiando em torno, chamas ramificadas, animada de movimento rotatório lento, antena captadora e registradora das informações que vibram no cosmo.

Instrumento da inspiração.

Alma Consciencial – Em forma de pequeno sol muito brilhante, radiações retilíneas, centro da individualidade espiritual.
Consciência coordenadora e diretora da vida, elo de ligação com a Centelha Divina.

De um modo geral o Corpo Búdico é pouco conhecido. Longe de nossos padrões físicos e de nossos meios de expressão, não há
como compará-lo.

É o verdadeiro perispírito, ao final do processo evolutivo, quando os demais a ele se fundirão. É nele que se gravam as ações do espírito e dele partem as notas de harmonia ou desarmonia ali impressas, ou seja, as experiências bem significadas estão ali arquivadas e são patrimônio do espírito. 

As experiências mal resolvidas são remetidas de volta à personalidade encarnada para novas e melhores significações. E por ser, no espírito, o grande núcleo de potenciação da sua consciência cósmica, suas impulsões
terão seus efeitos visíveis e somatizados no Corpo Físico ou no psiquismo da personalidade encarnada.

Quando em trabalho de limpeza dos cordões energéticos que ligam os corpos, observamos que ao se desbloquear os cordões, intensa e luminosa torrente de luz multicor jorra até os corpos inferiores. Observados pela visão psíquica (vidência), o Buddhi e o Átmico formam maravilhoso e indescritível conjunto de cristal e luz girando e flutuando no espaço.


7 – Corpo Átmico

O Corpo Átmico ou Espírito puro, esse eu cósmico constitui a Essência Divina em cada ser criado.

Disse JESUS: “Vos sois Deuses”, pois somos idênticos a DEUS pelo ser (essência), mas diferente dele pelo existir, pois DEUS é eternamente presente. O Absoluto, o Universal, manifesta-se em cada um dos seres individualizados, por menores que sejam.

O evoluir do Homem consiste em viver e experienciar em todos os níveis da criação, desde o físico até o Divino ou Espiritual, para, desta experiência, recolher conhecimento e percepções que propiciam o desenvolvimento harmonioso de seu intelecto e sensibilidade de maneira a tornarem-no sábio e feliz.  Ao longo de sua jornada evolutiva a criatura humana sofre sucessivas “mortes” e vai perdendo seus corpos, sem perder os “valores” inerentes a cada um deles. É como a flor que na sua expressão de beleza pura, contém a essência do vegetal por inteiro.



Fonte: http://www.estreladoorientesl.com.br/

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tratamento Espiritual




A expressão tratamento espiritual é utilizada para abranger um conjunto de ações terapêuticas, de fundamentação religiosa, praticados em centros espíritas, espiritualistas, de umbanda, ou afins, que têm como objetivo um auxílio no tratamento de doenças do corpo ou da mente. Apesar de serem muito estudados desde o final do século XVIII, a eficácia destes tratamentos ainda não pôde ser comprovada através do método científico.

São denominados de espirituais pelo fato de, segundo afirmam aqueles que praticam estes tratamentos, serem realizados - no corpo fisico ou no chamado perispírito - por espíritos desencarnados, com o eventual auxílio de um médium.



Origem das doenças

Alterações no chamado "corpo espiritual" (perispírito) são capazes de afetar a ordem molecular no corpo físico.

O Espiritismo diz também que essas 'alterações' podem enfraquecer ou fortalecer o organismo, determinando estados de doença ou de saúde. Segundo o neurologista e espírita brasileiro Nubor Orlando Facure, "toda doença, de qualquer natureza, tem sempre uma motivação espiritual". Sendo o corpo material e o espiritual oriundos da mesma fonte - o chamado "fluido cósmico universal" (Allan Kardec. Revista Espírita, 1866.), intervenções na esfera do perispírito podem resultar em danos ou benefícios à saúde do corpo material..






Médicos espirituais

Os espíritos, após o desencarne, tendem a se ocupar das mesmas atividades a que se dedicavam em vida, não que seja uma regra.
Como exemplo, apresenta o caso do Dr. Antoine Demeure, médico que conhecera, e que, após a morte, continuara a cuidar de doentes (Alan Kardec. Revista Espírita, março e abril de 1865.).

No Brasil, é emblemático o exemplo do Dr. Bezerra de Menezes.

Fora da doutrina espírita, mas também de acordo com a mesma ideia, um dos casos mais famosos de atuação de um médico espiritual é o do Dr. Fritz, a partir da década de 1950.

A literatura espírita refere ainda que os chamados "médicos espirituais" utilizam-se de uma ampla variedade de recursos, que vão desde aparelhos e instrumentos até fluidos e medicações. Nesse particular, a doutrina espírita compreende que o pensamento e a vontade possuem a capacidade de modelagem e aplicação desses itens no chamado "mundo espiritual". Complementarmente, podem recorrer a métodos terapêuticos convencionais, como intervenções cirúrgicas de pequeno porte, a dietética, a medicação alopática e a homeopatia. Ressalte-se que as práticas cirúrgicas encontram na atualidade grandes restrições, principalmente entre os médicos espíritas, pela natureza de sua própria formação.



O Tratamento Espiritual

O sucesso de um tratamento espiritual depende das seguintes condições serem atendidas simultaneamente:
o paciente e quem o acompanha necessitam ter fé no tratamento, pois, se eles não acreditarem, as suas mentes trabalharão contra o mesmo, bloqueando qualquer benefício possível;
a doença não deve ser mais necessária para o fim a que se destinava;
o médium precisa estar equilibrado emocionalmente e se dedicar ao seu trabalho com amor, o que seria necessário para que ele obtivesse o auxílio de bons espíritos.

Podem ocorrer casos, de a fé do paciente não ser necessária se as duas outras condições forem atendidas. Isso ocorreria quando o paciente não tivesse fé no tratamento mas tampouco duvidasse dele. Assim, a mente dele não trabalharia a favor, mas tampouco trabalharia contra.



Tipos de tratamento

O passe corresponde a uma transmissão de fluidos magnéticos e/ou espirituais de um indivíduo para outro, podendo, uns e outros, estar encarnados ou não.

Nos centros espíritas e em outras instituições espiritualistas há, durante as sessões públicas, um momento reservado para a aplicação de passes. Acreditam os espíritas que, nessa atividade, o médium age, como diz o nome, como intemediário entre os espíritos e os beneficiados, sendo eles, os espíritos, os emissores dos fluidos benéficos. Para que as energias benéficas fluam livremente, é necessário que o médium faça o seu trabalho em estado de prece.

O passe é feito sempre com o médium utilizando as suas mãos, que podem ser impostas de forma estática sobre o beneficiado ou movimentadas a redor de seu corpo, sempre, no entanto, sem se dar o toque físico entre os dois. Em outras casas espiritualistas, por outro lado, o passe pode incluir toques físicos da mão do médium sobre o beneficiado e sopros daquele sobre partes do corpo deste.
Fluidoterapia (água fluidificada)

A chamada "água fluidificada" é utilizada nos centros espíritas e em diversos centros de outras tradições espiritualistas. Acreditam os seguidores de tais crenças que a água pode servir como uma espécie de depósito de fluidos espirituais benéficos que são nela mantidos durante um bom período.

Em alguns centros, os freqüentadores são orientados a trazer de casa garrafas com água e deixarem-nas em determinado local do centro para que ali receba, durante a sessão, os fluidos benéficos transmitidos pelos espíritos, podendo eles levá-las de volta para casa ao final daquela e beber da água em pequenas doses, obtendo, assim, o benefício contido na água fluidificada. Em outros centros, a água fluidificada é servida em copinhos aos freqüentadores, que a ingerem no próprio local.

Masaru Emoto na obra "Os Milagres da Água", procura demonstrar as propriedades curativas da água com base em pesquisa que afirma ter feito. Trechos dessa pesquisa podem ser lidos em diversos sites da Internet. Outros pesquisadores espíritas, entretanto, questionam uma das conclusões do pesquisador, qual seja, a de que, se deixarmos determinados nomes escritos junto à água, isto pode ter efeito sobre ela. Argumentam os pesquisadores que nomes, por si só, não carregam emoção, podendo um mesmo nome pertencer a um homem violento ou a um pacífico. Outro questionamento, feito por um cientista quanto ao trabalho de Masaru Emoto, é que este não teria seguido as diretrizes básicas para ser visto como um trabalho científico, como a de não ter sido publicado em revista científica especializada, mostrando os métodos empregados de forma a que o mesmo pudesse ser reproduzido por outros cientistas em qualquer parte do mundo, de modo a comprovar as conclusões alegadas.
Receituário homeopático

A tradição de receituário homeopático em centros espíritas remonta aos primórdios do movimento, não sendo, porém, muitos aqueles onde isso ocorre hoje em dia. Neste tipo de tratamento, há um médium que escreve as receitas após ouvir os problemas dos pacientes que procuram o tratamento. Esse médium pode ser um médico homeopático, mas há relatos de casos em que não o é.

Os medicamentos são informados alegadamente por espíritos médicos, caso em que o médium faria apenas o que o nome diz, isto é, servir de meio pelo qual a receita seria passada para o papel.

Conforme o entendimento da doutrina espírita, é importante que o médium seja médico homeopata ou o tenha sido em existência anterior , de modo a facilitar a alegada utlização pelo espírito receitista dos seus registros mentais sobre o nome dos remédios e a dosagem de cada um, conforme apropriado para cada caso. Além disso, prefere-se a presença de um médico pois a legislação de determindos países não reconhece o médium que alega ter recebido um espírito receitista como um médico, caso em que o diagnóstico seguido de prescrição é qualificado como "exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica", como definido, por exemplo, segundo o artigo 282 do Código Penal brasileiro.
Tratamento à distância

O chamado "tratamento à distância" é praticado em muitos centros espíritas e espiritualistas. Destina-se a atender a pessoas que, por motivo da doença que têm, ou por morarem muito longe, não podem comparecer ao centro pessoalmente. Atualmente é também conhecido o tratamento virtual, onde muitos médiuns praticam esse tratamento via internet.

Nessa forma de tratamento, segundo afirmam as obras espíritas que tratam do tema, um médium leria os dados do paciente que seriam por ele mentalmente passados a espíritos que, então, visitariam o doente com vistas a tratar de sua saúde.

Apometria

A Apometria é uma técnica de tratamento espiritual criada pelo farmacêutico e bioquímico porto-riquenho Luis Rodrigues, quando jovem e residente no Rio de Janeiro. Afirmava ele ter descoberto que, através de uma contagem progressiva, se podia obter o desdobramento anímico das pessoas e levá-las a hospitais do mundo espiritual onde suas enfermidades seriam diagnosticadas e onde elas seriam tratadas.

Luiz Rodrigues denominou o tratamento de hipnometria, termo que, para evitar confusão com outras formas de tratamento que usam de hipnotismo, segundo relata o Ginecologista José Lacerda Azevedo, foi rebatizado por este de Apometria. O termo Apometria deriva do grego "apo" = separar e "metron" = medir, tendo-se consagrado como designativo do tratamento espiritual por meio do desdobramento provocado por uma seqüência de pulsos ou comandos energéticos mentais.

Como forma de tratamento espiritual, a Apometria é rejeitada por grande parte do movimento espírita com o argumento de que as técnicas empregadas nada possuem que seja baseado na Doutrina Espírita. A despeito disso, é um tipo de tratamento espiritual praticado em diversos centros espíritas e espiritualistas dos vários cantos do Brasil.

Cirurgia espiritual

Atualmente, o termo "cirurgia espiritual" é associado a uma prática onde uma suposta entidade espiritual, com ou sem a incorporação num médium hospedeiro, e sem cortes, executam cirurgias buscando a reabilitação do enfermo. É famoso mundialmente o caso do médium João Teixeira de Faria (o "João de Deus"), multidões de pessoas o procuram para receberem "cirurgias espirituais" na Casa de Dom Inácio de Loyola. Para muitos (inclusive médicos e cientistas) ele é um exemplo atual de médium que consegue curar ou ajudar em processos de cura por meio da "cirurgia espiritual".

Apesar de existirem relatos de sucesso na cura por "cirurgia espiritual" em grande número de casos, gerando bastante confronto com os conhecimentos atuais da ciência, não há prova científica em sentido estrito que confirme a eficácia desses tratamentos, o que leva muitos céticos a explicarem tais curas por outros mecanismos, como o efeito placebo. Por outro lado, a única prova científica da eficácia do placebo são resultados estatísticos.

A cirurgia espiritual, ainda segundo a Doutrina Espírita, nada mais seria do que um tipo específico de passe que é aplicado para o restabelecimento energético de um determinado órgão interno de um indivíduo, sem qualquer intervenção física. Estas cirurgias aconteceriam muitas vezes sem o indivíduo se dar conta, principalmente enquanto dorme.

Como tratamento espiritual, a chamada "cirurgia espiritual" com intervenção de médiuns é praticada em pouquíssimos centros espíritas e espiritualistas. Os centros onde ocorre, entretanto, são procuradíssimos, geralmente por pessoas que se consideram desenganadas pela medicina tradicional.

Como ocorre com tudo mais que envolve tratamentos espirituais, a seriedade de um centro onde se pratica "cirurgia espiritual" costuma ser avaliada pelos espíritas a partir de dois critérios básicos: as cirurgias não devem ser cobradas aos doentes e o centro onde elas ocorrem deve insistir para que os doentes não abandonem de forma alguma o tratamento médico convencional que vem fazendo ou que procurem atendimento médico caso não o tenham ainda feito.

Porém, o Conselho Federal de Medicina e a comunidade científica de modo geral, alertam que esse tipo de cirurgia não deve ser feita em substituição da medicina tradicional, principalmente em casos graves. Se alguém convencer um paciente de que esse método é eficaz, no Brasil este pode ser enquadrado na lei por charlatanismo, principalmente se a "cirurgia espiritual" for cobrada ou causar algum dano no paciente por negligência de socorro, podendo pagar multas e ser condenado a até 1 ano de prisão (ver, a título de exemplo, o ocorrido com o Rubens Farias Jr., que culminou com a morte de uma menina, por leucemia, em 1998).

Apesar de a Doutrina Espírita não negar a sua eficácia, a prática de cirurgias espirituais por intermédio de médiuns não é abordada na Codificação espírita, e nem são consideradas verdadeiras as práticas que cobram algum valor material ou qualquer tipo de favor em troca das cirurgias, pelo espiritismo, uma vez que isso iria de encontro com o pressuposto básico do espiritismo, que é a caridade.




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