quinta-feira, 9 de abril de 2015

Colônias Espirituais


Colônia Espiritual é um termo do Espiritismo, que designa um dos locais para onde vão as pessoas (espíritos) quando desencarnam e onde aguardam novas reencarnações, trabalhando e estudando.


Assim disse Jesus : 
''Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar''.

São cidades espirituais que servem de morada para os espíritos com algum grau de evolução, ou seja, que praticaram relativamente o lema moral faça aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem.

Apresentam prédios, pátios, jardins, casas, parques, árvores, hospitais, lazer, bibliotecas, onde os espíritos trabalham, estudam, reúnem-se às suas famílias desencarnadas, quando possível, e descansam.


Tal conceito foi amplamente abordado na série denominada A Vida no Mundo Espiritual psicografada pelo espíritoAndré Luiz, através do médium Chico Xavier, iniciada pelo livro Nosso Lar .

Colônia é região, território situado fora do âmbito geográfico de uma soberania, e cuja posse e administração esta exerce . As colônias espirituais estão nas regiões umbralinas (da primeira a quarta esfera espiritual acima da crosta terrestre), mas não são Umbral, pois são extensões extraterritoriais dos planos espirituais superiores (da quinta a sétima esfera espiritual acima da crosta terrestre). 



Por exemplo, Nosso Lar está na terceira esfera espiritual sobre a cidade do Rio de Janeiro e Alvorada Nova está na quarta esfera espiritual sobre as cidades de Santos, São Vicente,Praia Grande, Cubatão e Guarujá, no litoral do estado de São Paulo, ambas sobre o Brasil.

A codificação de Allan Kardec, obra básica da Doutrina Espírita, não se refere explicitamente às tais colônias. Mas na sua obra O Céu e o Inferno, segunda parte, cap. II - Espíritos felizes, temos reproduzidos trechos de comunicação, originalmente em alemão, de espírito que afirma ter sido uma condessa chamada Paula: Os vossos palácios de dourados salões, que são eles comparados a estas moradas aéreas, vastas regiões do espaço matizadas de cores que obumbrariam o arco-íris?


Algumas obras espíritas que tratam de colônias espirituais são:

Série A Vida no Mundo Espiritual, pelo espírito André Luiz, psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira, editada originalmente pela Federação Espírita Brasileira.

Memórias de um suicida, romance psicografado pela médium espírita brasileira Yvonne do Amaral Pereira, cuja autoria é atribuída ao espírito do romancista português Camilo Castelo Branco.

A série de livros, iniciada por Alvorada Nova , de autoria do espírito Cairbar Schutel e coordenada por Abel Glaser (coordenador de grupo de médiuns), editada pela Casa Editora O Clarim, Moradas Espirituais, da médium Vânia Arantes Damo.

Glândula Pineal



A epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios, acima do aqueduto de Sylvius e abaixo do bordelete do corpo caloso, na parte anterior e superior dos coliculos superiores e na parte posterior do terceiro ventrículo. 

Está presa por diversos pedúnculos (pedunculos anteriores - habênulas -, médios e inferiores) sendo que todos esses pedúnculos se irão inserir no tálamo ótico. Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos,que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução.



A glândula pineal é, portanto, uma estrutura de linha média, sendo vista frequentemente em radiografias simples de crânio, por sua alta incidência de calcificação - formação de corpos arenáceos ou ''areia do cérebro'' devido à libertação de hormonas por exocitose juntamente com restos vesiculares que se dissolvem por trocas iónicas com iões Ca2+.


A pineal na filosofia, no espiritualismo e no misticismo


A glândula pineal tem sido considerada - desde René Descartes (século XVII), que afirmava ser a glândula o ponto da união substancial entre corpo e alma - um órgão com funções transcendentes. Descartes  foi um filósofo, físico e matemático francês. Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, foi também uma das figuras-chave na Revolução Científica.

Além de Descartes, um escritor inglês com o pseudônimo de Lobsang Rampa, entre outros, dedicaram-se ao estudo deste órgão.

Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religioso-filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual. 

Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.


Os defensores destas capacidades transcendentais deste órgão, consideram-no como uma antena. A glândula pineal tem na sua constituição cristais de apatita. 

Segundo esta teoria, estes cristais vibram conforme as ondas eletromagnéticas que captassem, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações. 

No ser humano, seria capaz de interagir com outras áreas do cérebro como o córtex cerebral, por exemplo, que seria capaz de decodificar essas informações. Já nos outros animais, essa interação seria menos desenvolvida.  Esta teoria pretende explicar fenômenos paranormais como a clarividência, a telepatia e a mediunidade. 

Em Missionários da Luz, , obra espírita psicografada por Chico Xavier atribuída ao espírito André Luiz, a epífise é descrita como a glândula da vida espiritual e mental que caracteriza um órgão de elevada expressão no corpo etéreo onde presidem os fenômenos nervosos da emotividade, devido a sua ascendência sobre todo o sistema endócrino, e desempenha papel fundamental no campo sexual (no terreno concreto, tal função é apontada desde 1958 e, atualmente passou a ser amplamente aceita em terreno concreto ); é descrita ainda como ligada à mente espiritual através de princípios eletromagnéticos do campo vital (o que até agora a ciência formal não pode identificar), comandando as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade.




Apesar da vida após a morte não estar provada através do método científico; em artigo publicado na revista científica Neuroendocrinology Letters em 2013, cientistas compararam conhecimento médico recente com doze obras psicografadas pelo médium Chico Xavier atribuídas ao espírito André Luiz e identificaram nelas diversas informações corretas altamente complexas sobre a fisiologia da glândula pineal e que só puderam ser confirmadas cientificamente cerca de 60 anos após a publicação das obras. 




Os cientistas ressaltaram que o fato de que o médium possuía baixa escolaridade e não era envolvido no campo da saúde levanta questões profundas sobre as obras serem ou não fruto de influência espiritual.

O psiquiatra brasileiro Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, neurocientista, defende em pesquisas que a glândula pineal seria o órgão sensor que capta as informações por ondas eletromagnéticas devido as propriedades dos cristais de apatita, que as converteriam em estímulos neuroquímicos de forma análoga à antena do aparelho celular para sinais eletrônicos .


Já na visão dos hindus, é o principal órgão do corpo, possuidor de dois chacras ou centros de energia responsáveis pelo desenvolvimento extra-físico, como receptores e transmissores de energia vital: o chacra do terceiro olho, central na testa, acima da altura dos olhos, e o chacra coronário, mais superior, também na cabeça.

Irmãs Fox


As Irmãs Fox foram três mulheres que, nos Estados Unidos da América tiveram um importante papel na gênese do Moderno Espiritualismo Ocidental. As irmãs eram Katherine "Kate" Fox (1837–1892), Leah Fox (1814–1890) e Margaret "Maggie" Fox (1833–1893).  As irmãs fizeram sucesso por muitos anos como médiuns que diziam possibilitar espíritos a se manifestarem por batidas (tiptologia). 

Em 1888 Margaret alegou que as batidas eram uma farsa e no ano seguinte se retratou de tal alegação, dizendo que na verdade eram manifestações mediúnicas mesmo. Este quadro de "confissão" seguido de retratação tem fornecido argumentos para os espiritualistas e materialistas defenderem suas posições sobre o caso, de modo que a controvérsia nunca termina.


A família Fox

Casa da família Fox

Em 11 de dezembro de 1847, a família Fox, de origem canadense, instalou-se em uma casa modesta na povoação de Hydesville, no estado de Nova Iorque, distante cerca de trinta quilômetros da cidade de Rochester .

O nome da família Fox origina-se do sobrenome "Voss", depois "Foss" e finalmente "Fox". Eram de origem alemã, por parte paterna; e francesa, holandesa e inglesa, por parte materna. O grupo compunha-se do chefe da família, Sr. John D. Fox, da esposa Sra. Margareth Fox e de mais duas filhas: Kate, com 11 e Margareth, com 14 anos de idade.     

O casal possuía mais filhos e filhas. Entre estas, Leah, mais velha, que morava em Rochester, onde lecionava música. 

Devido aos seus casamentos, foi sucessivamente conhecida como Sra. Fish, Sra. Brown e Sra. Underhill. Leah escreveria um livro, "The Missing Link" (New York, 1885), no qual faz referência às supostas faculdades paranormais de seus ancestrais.

Inicialmente, apenas Margareth e Kate tomaram parte nos acontecimentos. Posteriormente, Leah juntou-se a elas e teve participação ativa nos episódios subsequentes ao de Hydesville.


Os acontecimentos de Hydesville

A fonte mais conhecida e divulgada sobre o ocorrido em Hydesville é o depoimento da Sra. Margareth Fox que consta no livro História do Espiritismo de Sir Arthur Conan Doyle.Assim também, no mesmo livro, é relatado demais depoimentos de proprietários anteriores que alegam ocorrências de ordem sobrenatural na residência.

"Depoimento de Michael Weekman''

Sou marido de Hannah Weekman. Morávamos na casa agora ocupada pelo Senhor Fox, na qual dizem que ruídos estranhos são ouvidos. Aí moramos cerca de um ano e meio. Uma noite, à hora de dormir, ouvi batidas. Supunha que fosse alguém que quisesse entrar. Não disse o costumeiro "pode entrar"; fui até à porta. Não encontrei ninguém, voltei e exatamente quando ia para a cama ouvi novas batidas e rapidamente abri a porta, mas não vi ninguém. Então me deitei. Pensei que alguém estivesse querendo divertir-se. Depois de alguns minutos ouvi novas pancadas e, depois de esperar um pouco e, ainda as ouvindo, levantei-me e fui à porta. Desta vez saí e rodeei a casa mas não encontrei ninguém. Voltei, fechei a porta e segurei o ferrolho, pensando que se viesse alguém seria pilhado. Dentro de um ou dois minutos nova batida. Eu estava com a mão na porta e a batida parecia na porta. Podia sentir a vibração das batidas. Abri instantaneamente a porta e saí rápido, mas não havia ninguém à vista. Então dei nova volta à casa mas, como da outra vez, nada encontrei. Minha mulher tinha dito que era melhor não sair, pois talvez fosse alguém que me quisesse agredir. Não sei o que pensar, pois parece estranho e incrível.Então relata o caso da menina assustada, como ficou dito acima.Uma noite, após isto, despertei cerca de meia-noite e ouvi pronunciarem o meu nome. Parecia que a voz vinha do lado sul do quarto. Sentei-me na cama e escutei, mas não mais ouvi. Não me levantei, mas esperei que repetissem. Naquela noite minha mulher não estava em casa. Contei-lhe isto depois e ela me disse que eu estava sonhando. Freqüentemente minha mulher se assustava com estranhos ruídos dentro e fora da casa.Tenho ouvido tais coisas de homens fidedignos acerca dos ruídos que agora se ouvem que, ligados ao que ouvi, não posso deixar de supor que sejam sobrenaturais. Desejo prestar uma declaração dos fatos acima, caso necessário.
Assinado: Michael Weekman



As escavações na adega

Através de combinação alfabética com as pancadas produzidas, as irmãs Fox teriam obtido a identidade daquele que supostamente produzia os sons. Tratar-se-ia de um mascate de nome Charles B. Rosma, o qual tinha trinta e um anos quando, quatro anos antes, teria sido assassinado naquela casa e enterrado na adega. O assassino teria sido um antigo inquilino o que, pela data, levou a deduzir que o crime poderia ter sido cometido pelo Sr. Bell. Os mais interessados em esclarecer o caso resolveram escavar a adega, visando encontrar os despojos do suposto assassinado.

As escavações não levaram a quaisquer resultados uma vez que não foram encontrados quaisquer indícios de restos mortais. Por essa razão foram suspensas.

Nesta altura já havia surgido ao menos um depoimento de quem se lembrava da passagem pela região de um certo mascate na mesma data em que o suposto espírito indicou como sendo o do seu assassinato. Esse depoimento, com riqueza de detalhes, descrevia o comportamento muito suspeito dos antigos proprietários da residência em Hydesville, o Sr. Bell e a esposa que, sozinhos, teriam recebido o mascate, tendo até dispensado os empregados da casa naqueles dias.

No Verão de 1848, David Fox, irmão mais velho da família, fez mais escavações. A uma profundidade de um metro e meio, encontraram uma tábua. Aprofundada a cova, encontraram restos de carvão, cal, cabelos e alguns fragmentos de ossos que, de acordo com Doyle, foram reconhecidos por um médico como pertencentes a um esqueleto humano; mais nada. Evidências comprovadas na época em que estes achados demonstram pelo aspecto e textura dos materiais analisados a sua autenticidade por alguns cientistas deste período como Willian Crooks, Lombroso, Alexander Aksakof e o inglês Wallace.
O movimento espiritualista espalha-se

As duas meninas, Margareth e Kate, foram afastadas de sua casa, pois se suspeitava que os fenômenos fossem ligados sobretudo à sua presença. Margareth passou a morar com o seu irmão David Fox. Kate mudou-se para Rochester, onde ficou em casa de sua irmã Leah, então casada e agora Sra. Fish. Entretanto, os ruídos insistiam em acompanhar as irmãs Fox; onde quer que elas se encontrassem, registravam-se os fenômenos. Agora se observava mesmo uma espécie de contágio, pois, Leah Fish, a irmã mais velha, passou a apresentar também fenômenos mediúnicos. Em pouco tempo, começaram a ser observados no seio de outras famílias. Como consta no livro História do Espiritismo:"Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e se mostrando nas pessoas suscetíveis. Sons idênticos foram ouvidos em casa do Reverendo A. H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenômenos físicos irromperam na família do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester. Pouco depois a Sra. Sarah A. Tamlin e a Sra. Benedict de Auburn, desenvolveram notável mediunidade (...)."

O movimento espalhar-se-ia, mais tarde, pelo mundo, conforme fora afirmado em uma das primeiras comunicações através das irmãs Fox. As próprias forças invisíveis teriam insistido para que se fizessem reuniões públicas onde elas pudessem manifestar-se ostensivamente.

As irmãs viveram por cerca de 10 anos relacionadas com o fenômeno espiritualista, principalmente realizando apresentações dos seus poderes mediúnicos. Nas primeiras dessas apresentações, membros da platéia conhecidos na sociedade e incrédulos eram convidados a examinar as irmãs e verificar a ausência de quaisquer equipamentos ou montagens que pudessem ser usados.

Por conveniência, porém, cada vez mais as irmãs aderiam à apresentações e caminhos individuais no uso de sua suposta mediunidade. Em 1858, por conta dos seus casamentos, Maggie e Leah retiraram-se da militância espiritualista, ficando apenas Kate como expoente médium da família.

Além de batidas, outros supostos tipos de mediunidade que Kate possuía eram a capacidade de produzir luzes espirituais, escrita direta, aparecimento de formasmaterializadas e poltergeist . Nos anos 1870 o cientista Sir William Crookes fez vários experimentos com Kate e concluiu que ela realmente tinha tais capacidades mediúnicas.


A descoberta do esqueleto

Na edição de 23 de novembro de 1904 do Boston Journal foi notificada a descoberta do esqueleto de um homem cujo espírito se supunha ter ocasionado os fenômenos na casa da família Fox em 1848. 

Alguns meninos de uma escola achavam-se brincando na adega da casa onde residiram os Fox, casa que tinha a fama de ser mal-assombrada. Em meio aos escombros de uma parede que existira na adega, os garotos encontraram as peças de um esqueleto humano.

Junto ao esqueleto foi achada uma lata de um produto costumeiro usado por mascates. Esta lata encontra-se agora em Lily Dale, na sede central regional dos Espiritualistas Americanos, para onde foi transportada da velha casa de Hydesville.




Memorial

Os fenômenos ocorridos com as irmãs Fox tornaram-se um marco que representou o início do Espiritualismo e os precursores do Espiritismo. O que resta hoje no cenário dos acontecimentos, além de memórias e registros, são pequenos fragmentos de história, que os Espiritualistas têm procurado preservar.

A casa da Família Fox foi transferida para a cidade de Lily Dale – Nova York (EUA), em abril de 1916, e resistiu até o dia 12 de setembro de 1955, quando incendiou-se. No lugar onde estava a casa foi construído um belo jardim de meditação e um obelisco em memória dos Fox.

No local onde existia a casa dos Fox foi construído um obelisco em memória à família.



Maleta do caixeiro Charles B. Rosma