Estudos


Estudo sobre as mesas girantes


Segundo os biógrafos, Allan Kardec foi convidado por Fortier, um amigo estudioso das teorias de Mesmer, a verificar, observar e analisar o fenômeno chamado de "mesas girantes, um tipo de sessão espírita popular no século XIX.As primeiras manifestações de mesas girantes observadas por ele aconteceram por meio de mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou não, segundo fora convencionado, a uma questão proposta.

Kardec, analisando esses fenômenos, concluiu que não havia nada de convincente neste método para os céticos, porque se podia acreditar num efeito da eletricidade, cujas propriedades eram pouco conhecidas pela ciência de então. Foram então utilizados métodos para se obter respostas mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: a mesa batendo um número de vezes corresponderia ao número de ordem de cada letra, chegando, assim, a formular palavras e frases respondendo às perguntas propostas. Kardec concluiu que a precisão das respostas e sua correlação com a pergunta não poderiam ser atribuídas ao acaso.O ser misterioso que assim respondia, quando interrogado sobre sua natureza, declarou que era um espírito ou gênio, deu o seu nome e forneceu diversas informações a seu respeito.

Em seguida, o fenômeno começa a diminuir e, se segundo alguns, a tornar-se anedótico.

No entanto, resultados de estudos feitos por Michael Faraday mostraram que os movimentos das mesas eram causados pelo efeito ideomotor e descartaram as explicações paranormais do fenômeno. O mesmo explica o que ocorre com o tabuleiro ouija, onde os participantes movimentam os marcadores de maneira involuntária e acabam por atribuir isso a fenômenos "sobrenaturais".

Diante de experiências com as mesas girantes Victor Hugo se tornou espírita e em 1867 clamou que a ciência deveria dar atenção e seriedade para os fenômenos das mesas: "A mesa girante ou falante foi bastante ridicularizada. Falemos claro. Esta zombaria é injustificável. Substituir o exame pelo menosprezo é cômodo, mas pouco científico. Acreditamos que o dever elementar da Ciência é verificar todos os fenômenos, pois a Ciência, se os ignora, não tem o direito de rir deles. Um sábio que ri do possível está bem perto de ser um idiota. Sejamos reverentes diante do possível, cujo limite ninguém conhece, fiquemos atentos e sérios na presença do extra-humano, de onde viemos e para onde caminhamos".

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