domingo, 8 de novembro de 2015

Encostos, obsessões, perturbações. Lei de afinidades


Segundo a tradição religiosa, anjos são seres incorpóreos e imateriais, puros Espíritos que atuam como emissários divinos.

Mas há também o anjo mau, o diabo, rebelado contra o Criador que, obstinado, intenta nossa perdição. Ver-nos em tormentos eternos seria sua mais gloriosa realização.

Aparentemente este tinhoso é mais arguto e capaz do que seu benevolente irmão. Basta observar como se disseminam facilmente na sociedade terrestre a ambição, a desonestidade, o vício, a mentira, a violência e tantos outros males que fazem a confusão do Mundo.

O tempo desgastou essas idéias.

Elas serviram aos interesses do passado, mas não atendem à racionalidade do presente quando, antes de crer, o Homem cogita de compreender.

Impossível aceitar um Deus de misericórdia infinita, como revela Jesus, que não ofereça infinitas oportunidades de reabilitação para os demônios e suas vítimas.

Como pode o Pai amoroso da expressão evangélica confinar seus filhos em grotesco e irremediável inferno, que contraria a dinâmica evolutiva do Universo?



Admitamos que assim seja.

Que existam anjos e demônios a disputarem nossa Alma.

Como se estabelece a comunicação entre eles e nós?

Como assimilamos sua influência?

Forçosamente há um mecanismo distinto da palavra escrita e falada. São seres espirituais agindo sobre indivíduos de carne e osso.

Inútil especular a respeito do assunto, enveredando pelo terreno enganoso da fantasia. Imperioso pesquisar, a partir do elemento visível aquele que sofre a influência.

É o que faz a Doutrina Espírita, demonstrando a existência da Mediunidade, o sexto-sentido, que nos permite contatar o Mundo Espiritual, assim como o tato, o paladar, a audição, a visão e o olfato nos colocam em contato com o mundo físico.

O Espiritismo vai além.

Submetendo o fenômeno mediúnico a rigorosos métodos de experimentação, o que lhe permite superar crendices, mitos e superstições, demonstra que anjos e demônios são apenas homens desencarnados, as Almas dos mortos, agindo de conformidade com suas tendências.

São regidos, entretanto, por leis divinas que mais cedo ou mais tarde nos conduzirão todos à perfeição.

Esse o objetivo de Deus que, como ensinava Jesus, não quer perder nenhum de seus filhos.

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