segunda-feira, 17 de abril de 2017

Para Que Serve o Passe Mediúnico ?

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O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para outro. Emmanuel o define como uma "transfusão de energias fisio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe, porque oferece novo contingente de fluidos já existentes.Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua ação a do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo, frustrando instalação de doenças.

Constantemente, estamos irradiando e recebendo fluidos do meio que habitamos e dos seres (encarnados ou não) com que convivemos, numa transmissão natural e automática.O passe, porém, é uma transfusão feita com intenção e propósito. Quem aplica, atua deliberadamente.Para que o passe alcance o melhor resultado, é necessário:1) que o passista use o pensamento e a vontade, a fim de captar os fluido, emiti-los e fazê-los convergir para o assistido;2) que haja um clima de confiança entre o socorrista e o assistido, a fim de se formar um elo de força entre eles, pelo qual "verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e de outro";3) que o assistido esteja receptivo, para que sua mente adira à idéia de trabalho restaurativo e comece a sugeri-lo a todas as células do corpo físico; então irá assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e o reterá na própria constituição fisiopsicossomática.
(Cap. XXII, Mediunidade Curativa, do livro "Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz).

O passe não surgiu com o Espiritismo, não é uma criação da Doutrina Espírita.Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da lama já era conhecido e empregado na Antiguidade.Jesus o utilizou, "impondo as mãos" sobre os enfermos e os perturbados espiritualmente, para beneficiá-los. E ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram, largamente, como vemos em "Atos dos Apóstolos".Ao longo dos tempos, o passe continuou a ser usado, sob várias denominações e formas, em todo o mundo, ligado ou não a práticas religiosas.No século anterior a Kardec, tudo o que então se conhecia sobre fluidos e como empregá-los estava consubstanciado no Magnetismo, de que o médico austríaco Franz Anton Mesmer foi o grande expoente, beneficiando muitos enfermos. Mas havia, ainda, muita ignorância sobre o que fossem os fluidos e a forma de sua trans -missão.A codificação da Doutrina dos Espíritos, por Allan Kardec, permitiu entendermos melhor o processo pelo qual o ser humano influencia e é influenciado fluidicamente, tanto no plano material como no espiritual.Na atualidade, o passe continua a ser empregado por outras religiões, que o apresentam sob nomes e aparências diversas (benção, unção, johrei, benzedura). Pessoas sem qualquer relação com movimentos religiosos também o empregam.
É no meio espírita, porém, que o passe é mais bem compreendido, mais largamente difundido e utilizado. Nele, o passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a se tornar uma das principais práticas de ação fluídica. Nada mais natural, pois o Espiritismo é a revivescência do puro Cristianismo.

TIPOS DE PASSE 

Quanto ao seu agente o passe pode ser classificado em:
1) MAGNÉTICO - Quando ministrado somente com os recursos fluídicos do próprio passista (magnetismo humano).
2) ESPIRITUAL - Quando ministrado pelos Espíritos unicamente com seus próprios fluidos (magnetismo espiritual), sem o concurso de intermediário (passista).Os Espíritos agem com observância da sintonia e considerando os méritos ou necessidades do assistido, que, às vezes, nem percebe ter sido beneficiado.Para receber um passe espiritual basta orar e colocar-se em estado receptivo.
3) HUMANO - ESPIRITUAL - Quando os Espíritos combinam seus fluidos com os do passista, dando-lhes características especiais."O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado; o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam um fortalecimento mais pronto" . (Revista Espírita Set/1865 - "Da Mediunidade Curadora")
O concurso dos Espíritos poderá ser espontâneo ou provocado pelo passista, com uma prece ou simplesmente num propósito (que equivale a um apelo íntimo). Essa assistência espiritual é sempre desejável. 4) MEDIÚNICO - Quando os Espíritos atuam através de um encarnado mediunizado.O fluido dos bons Espíritos "Passando através do encarnado, pode alterar-se um pouco" (como água límpida passando por um vaso impuro) "Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração". (Revista Espírita, set/1865 "Da Mediunidade Curadora").
Haverá ocasiões em que seja bom e mesmo necessário o passista atuar inteiramente mediunizado.Mas, NOS SERVIÇOS COMUNS DO PASSE NUM CENTRO, ISSO NÃO É ACONSELHÁVEL, porque:* Nem sempre o assistido está preparado para presenciar manifestações mediúnicas e poderá se impressionar mal, mesmo sem que o comunicante chegue a falar qualquer palavra.* Poderá causar uma diferenciação entre os passistas que não se justifica e é indesejável. O passe não é o momento adequado para as manifestações mediúnicas. Quem é médium, além de passista, tem as reuniões apropriadas para dar passividade aos espíritos comunicantes. "Interromper as manifestações mediúnicas no horário de transmissão do passe curativo. Disciplina é a alma da eficiência". (André Luiz).

Fonte:livro "Fluidos e Passes", de Therezinha de Oliveira

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